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15 dezembro 2017

Álcool está associado a 50% dos casos de violência doméstica, diz pesquisa

A pesquisa do Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas (Cebrid) da Unifesp, de2016, revela que o uso de álcool está associado a 50% dos casos de violência doméstica. O assunto foi abordado nesta semana, no 4º módulo do projeto Reeducar, desenvolvido pelo Ministério Público do Piauí, por meio da 10ª Promotoria de Justiça – integrante do Núcleo de Promotorias de Justiça de Defesa da Mulher Vítima de Violência Doméstica e Familiar (NUPEVID).

"O uso/efeitos das substâncias psicoativas e a prática da violência doméstica" foi o tema dapalestra ministrada pelo psicólogo Anderson de Moura Lima, do Centro de Atenção PsicossocialÁlcool e Drogas (CAPS – AD), o encontro debateu a relação entre as drogas ilícitas e lícitas, aexemplo da bebida alcoólica, e a violência doméstica.

Segundo o psicólogo, a droga age como um potencializador da violência. “As pessoas têm a sua consciência alterada e com isso elas perdem a capacidade de julgamento não tem a mesma noção das consequências dos seus atos. Então, para algumas pessoas que já têm uma tendência à violência, a droga surge com o efeito de potencializar esse sentimento, essa atitude”, explica.

Projeto Reeducar
Um dos participantes do Reeducar, entende que o uso do álcool sempre esteve associado à violência. “Eu estive detido durante um tempo e quando saí pensei em mudar a minha vida. Foi então que o meu pai veio até mim e falou: ‘meu filho, você quer mudar? Faça igual a mim, largue essa bebida de mão, pois ela só veio nos prejudicar, desde o tempo que eu agredia você e a sua mãe, e hoje eu estou mudado e não quero que o que aconteceu comigo aconteça com você’. Então eu decidi que, a partir disso, eu seria um novo homem, larguei a bebida e segui o seu conselho”,conta, emocionado.

O projeto Reeducar desenvolve, ao longo de nove meses, o acompanhamento de 15 homens que respondem judicialmente pelo crime de violência contra a mulher, com palestras e rodas de conversas realizadas uma vez por mês.

Fonte: Ministério Público do Piauí 

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